Neste céu onde derramadas se abrem as estrelas, minha casa, sertão, setembro e também aqui a insônia em silencio vasto, o vento escasso. E por onde andas meu amor, tilintar de versos? Nas ruas da infância, olhar pregado em teto: em breve serei outra contada numa história. Tanto mundo em cada esquina das ruas de minha cidade. E por onde andas meu amor, tilintar de versos? Neste rio que corre também em minhas veias, onde repousam canoas pequeninas, dourado sol nascente em breve. E por onde andas meu amor, tilintar de versos? Abre a cerca de onde vem. Que rosto tens, que ternura, com que pés me alcança, que lábios te anunciam assim tardio? Que mãos me estende? Neste lugar vivo e de mim sou lembrança e por onde andas meu amor tilintar de versos?
Um comentário:
Que lindo isso! Tão musical, tão delicado e pungente ao mesmo tempo, palavras que respiram, que enebriam. Lindíssimo, Sibelle! Um presente.
Beijinhos.
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