segunda-feira, 3 de agosto de 2009

No tempo em que não existia insônia

No tempo em que não exista insônia também não existiam esses edifícios mudos por tras das janelas...Só existia o afago tranqüilo entre colchas bordadas, existiam cachos em cabelos perfumados e um despertar ingênuo ao medo,mais que este, um despertar vislumbrado pelos dourados raios do sol. Existia o morno afago, o buraco do colchão velho,os chinelos ruídos repousados no canto...Neste tempo éramos bichos aninhados e eu mamava a língua e respirava num ritmo profundo , livre de incertezas.